EUA se aproximam das 500.000 mortes por coronavírus
Os Estados Unidos estavam prestes a superar a barreira de 500.000 mortes por coronavírus neste domingo (21), embora a campanha de vacinação traga esperança.
“É terrível, é horrível”, reagiu o imunologista Anthony Fauci, conselheiro de Joe Biden.
“Não vemos nada parecido em 100 anos, desde a pandemia de 1918”, disse à CNN. “É algo que ficará para a história. Em décadas, as pessoas ainda falarão sobre este momento no qual tantas pessoas morreram.”
Segundo a Universidade Johns Hopkins, na manhã de domingo o número de mortos ultrapassou 497.000.
Amargura
“500.000! Isso é 70.000 (pessoas) a mais do que todos os americanos mortos durante a Segunda Guerra Mundial, em um período de quatro anos”, lamentou o presidente Joe Biden na sexta-feira. “Muita amargura … muita tristeza … muita dor”, concluiu.
Em um discurso em uma fábrica de vacinas da Pfizer em Kalamazoo, Michigan, o 46º presidente dos EUA observou que a taxa de vacinação oferece alguma esperança.
“Acho que chegaremos mais perto do normal até o final deste ano. Se Deus quiser, este Natal será diferente do anterior”, disse.
Com uma média de 1,7 milhão de vacinas aplicadas por dia, número que deve aumentar nas próximas semanas, Biden está confiante em atingir 600 milhões de doses – ou seja, vacinar toda a população – até o final de julho.
“Desafio logístico”
Um total de 61 milhões de pessoas receberam uma das duas vacinas licenciadas nos Estados Unidos (Pfizer / BioNTech e Moderna), e 18 milhões já receberam as duas doses necessárias.
Além disso, após um pico epidêmico em janeiro, a média semanal de mortes e novos casos está claramente diminuindo, de acordo com dados do Covid Tracking Project.
A atual onda de tempestades no país interrompeu a campanha de vacinação em todos os estados, disse Andy Slavitt, assessor da Casa Branca contra o coronavírus, na sexta-feira.
“Nunca, jamais, houve um desafio logístico maior do que o que estamos tentando atravessar, mas estamos conseguindo”, disse Biden.
Fauci insiste na importância de vacinar “o mais rápido possível”.CORONAVÍRUS