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ONU alerta para queda de investimento estrangeiro em países em desenvolvimento

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Os fluxos de Investimento Estrangeiro Direto (IED) “permanecerão moderados” em 2021 e os países em desenvolvimento poderão até mesmo ver um declínio acentuado nesse pilar crucial para seu crescimento, alertou a ONU neste domingo, 24.

Além disso, a recuperação não deve acontecer tão cedo e terá a forma de um “U”, explicou James Zhan, diretor da seção de investimentos e negócios da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), em coletiva de imprensa na qual apresentou o relatório anual.

“Os fluxos globais de Investimento Estrangeiro Direto continuarão moderados em 2021”, sublinhou a Unctad, num contexto econômico ainda muito afetado, a nível mundial, pela pandemia da covid-19. A agência da ONU prevê uma nova queda entre 5 e 10% em relação ao ano anterior, que também foi marcado por um “colapso” de 42% em relação a 2019, para 859 bilhões de dólares.

É 30% menor que o nível mínimo durante a crise financeira de 2009 e traz o volume de investimentos aos níveis da década de 1990.

“A verdadeira recuperação começará em 2022”, disse Zhan. “Os investidores provavelmente continuarão a ser prudentes na alocação de recursos para ativos produtivos no exterior”, prevê o relatório, também destacando que a queda acentuada em novos projetos em 2020 (-35%) é um indicador de que o IED está em queda neste ano.

Ainda mais desfavorecidos

Nos países em desenvolvimento, esse indicador está no vermelho e suas perspectivas para 2021 são “uma fonte de profunda preocupação”, segundo Zhan.

Embora o IED tenha se mantido relativamente bem em 2020, os anúncios de novos projetos criados caíram drasticamente, em 46%, nesses países.

O continente africano foi o mais afetado, com uma redução de 63%, visto que o financiamento internacional de projetos (como os dispositivos financeiros de vários parceiros para grandes projetos de infraestrutura) caiu 40%, enquanto no conjunto dos países em desenvolvimento o retrocesso foi de 7%.

“No entanto, investimentos deste tipo são fundamentais para as capacidades de produção, as infraestruturas de desenvolvimento e, portanto, para as perspectivas de uma recuperação duradoura”, insistiu a Unctad.

Na América Latina e no Caribe, os investimentos em novos projetos foram cortados pela metade e, na Ásia, caíram 38%.

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