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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NAS RELAÇÕES HUMANAS

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Para se relacionar bem consigo, com o outro e com os grupos que convive, o ser humano precisa de um reservatório de experiencias/vivencias no âmbito emocional. Experimentar sentimentos e emoções no decorrer do desenvolvimento humano, e aprender a lhe dar com estes, capacita o indivíduo a se relacionar bem com os seus concidadãos. Segundo Daniel Goleman, renomado psicólogo norte-americano, que foi o responsável pela popularização da “Inteligência Emocional” em seu livro escrito em 1995, e que vendeu mais de 5 milhões de exemplares pelo mundo, a  “…capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos” é o maior fator de sucesso encontrado nos indivíduos bem-sucedidos.

Entender as próprias emoções e as dos outros de forma equilibrada, e de resolver os próprios problemas do dia a dia sem que o mundo venha abaixo, tem se mostrado um enorme desafio para maior parte das pessoas. O mundo se torna mais complexo exponencialmente a cada dia, e a maior parte dos seres humanos perderam as capacidades de perceber e se adaptar a mudanças, que por sua vez potencializam os conflitos intrapessoais, interpessoais e intergrupais.

A capacidade de perceber e expressar as próprias emoções e identificar as alheias corretamente, é a primeira habilidade evidenciada nos estudos dos autores citados neste texto. O psicólogo Howard Gardner, na década de 1980, desenvolveu a Teoria das Inteligências Múltiplas, buscando analisar e descrever melhor o que é a inteligência, descobriu 9 inteligências, declarando posteriormente a possível existência de outras mais. Gardner estudou com profundidade duas inteligências importantes para fundamentação deste texto. A primeira é inteligência intrapessoal e se refere à inteligência que nos permite compreender e se controlar internamente. A segunda é inteligência interpessoal nos possibilita interpretar palavras, gestos, objetivos e metas subentendidos em cada interação humana e aprimora a nossa capacidade de empatia.

Nos estudos de Daniel Goleman as inteligências intrapessoal e intergrupal, foram abordadas no âmbito das relações humanas e compõe dois dos três pilares da inteligência emocional. O terceiro pilar da inteligência emocional e o relacionamento intergrupal que consiste na utilização da sensibilidade social para entender e suprir as necessidades de um grupo. Goleman amplia a perspectiva com o relacionamento intergrupal refinado com a sensibilidade social para compreensão das emoções que motivam o grupo a um determinado objetivo.

A habilidade para usar as emoções de uma maneira que facilite o pensamento amplia a capacidade de processar informações sobre as próprias emoções e as dos outros.  A compreensão das emoções serve como um guia para o pensamento, que gera sentimento e que por sua vez altera o comportamento adequando-o as situações mais apropriadas. Assim, as pessoas com inteligência emocional prestam atenção nas emoções, as utilizam, as entendem e lidam bem com elas. 

A capacidade para entender as emoções contidas na linguagem emocional e sinais emocionais, aumentam o grau de adaptabilidade do indivíduo ao seu meio, e suas chances de sucesso. Segundo Salovei e Mayer em 2000, a inteligência emocional é “…a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros.” Um exemplo de simples compreensão é, só se vende ou se compra, se tiver relacionamento, e este é baseado na comunicação eficiente. Perceber as nuances dos ambientes onde são realizadas as trocas e nos atores destes processos é fundamental para adequação de um comportamento que construam relações humanas mutuamente satisfatórias.

A habilidade para lidar com emoções com o objetivo de alcançar metas requer vontade. Quanto maior a vontade para realizar o objetivo, mais fácil de conseguir o que si quer, pois fica mais fácil gerar emoções positivas, afastando o indivíduo das emoções negativas que possibilitem a consolidação de crenças limitantes. Saber escolher quais sentimentos são úteis ou não, capacita o ser indivíduo a lidar com as emoções próprias e alheias moderando as negativas e aumentando as positivas.

A maioria das pessoas pensam as relações humanas focados na interação do eu com outro, se esquecendo principalmente das interações consigo e com os grupos sociais em que estão inseridos. O nível e a qualidade do relacionamento humano são diretamente proporcionais as suas relações consigo. E o relacionamento intergrupal é de sobremaneira afetado pelos relacionamentos intra e interpessoais. Sempre que estou ministrando cursos com a temática da inteligência emocional, os alunos fazem uma pergunta recorrente. Como faço para desenvolver a inteligência emocional e melhorar meus relacionamentos?

Esta é a resposta:

Comece pelo primeiro pilar da inteligência emocional, restaure o relacionamento intrapessoal, busque do autoconhecimento emocional, exercite o autocontrole das emoções e pratique automotivação.

A próxima fase é restaurar seus relacionamentos interpessoais, use a empatia para compreender os que te feriram ou se afastaram de você. Perdoe, agradeça e ame os seres humanos com amor incondicional e fraternal.

A terceira e última fase é o relacionamento intergrupal ele é sempre a consequência direta do seu relacionamento intra e interpessoal.

E lembre-se o desenvolvimento da inteligência emocional é o resultado de muita prática cotidiana.

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