Desmatamento, ciclo hidrológico, chuvas irregulares e geração de energia.
Normalizar os discursos contra a preservação ambiental e minimizar a sua importância, é simplesmente abominável!
Queimadas nos diferentes biomas, desmatamento em alta na floresta Amazônica, fiscalização em baixa e, o senso comum imperando. E a ciência aonde fica nesta equação? E o conhecimento por ela gerado?
Os poucos estudiosos que buscam apresentar soluções, continuam a sofrer o “lixamento” das redes sociais vindas dos setores retrógados, negacionistas e atrasados do atual momento.
Dos que se baseiam apenas no senso comum, no terraplanismo e dos que comentem enormes “fraudes” intelectuais e científicas para auferir lucros e vantagens.
Aspectos importantes precisam ser tratados com mais serenidade, atenção e preocupação.
No agro, por exemplo, um dos setores mais estratégicos para o PIB brasileiro que por décadas tem sido o grande alicerce da nossa economia. Precisa urgentemente garantir que o meio ambiente, as leis do código florestal, agentes públicos, ongs sejam seus eternos aliados.
Tenho sido repetitivo em explicar que: as sementes de grãos já são adaptadas para o todo o Brasil e estão disponíveis no mercado, bem como, fertilizantes foliares, maquinários modernos e tecnológicos, gel para reter umidade do solo, biotecnologias para garantir a integridade das plantas de soja no combate das plantas daninhas e das lagartas, diferentes técnicas e tecnologias para correção de solos.
Contudo, ainda não conseguimos dominar a atmosfera, mais especificamente, em produzir chuvas para grandes áreas.
Que a água vai para o mar, até aí, é sabido de todos!
Mas, a água não precisa chegar aos oceanos com altas concentrações dos mais variados poluentes. Também é fato!
Iremos precisar de mais e de mais águas.
Diante da eminente falta, as reclamações continuam…
Os modelos estão errando, poucos tem sido os volumes de chuvas, tem nuvens mais não tem chuvas…e as incertezas devem continuar.
Para reflexão: será que é apenas o fenômeno meteorológico La Niña? Aquecimento do oceano atlântico? Será que apenas a variabilidade do clima? Ou as mudanças climáticas? E se for?
As chuvas continuam irregulares e o mês de novembro fechou com registro de grandes déficits hídricos em algumas regiões do MATOPIBA e nos estados do MT e MS. Os especialistas já falam em quebra de safra para algumas localidades!
O Setor elétrico também está preocupado!
Provavelmente, um dos setores mais monitorados para a gestão dos recursos hídricos do país. O Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, cuja responsabilidade é a coordenação e o controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica do Sistema Integrado Nacional, devido o aumento da demanda por energia elétrica e a atual falta de chuvas.
E os volumes úteis dos reservatórios se encontram em baixa, e não é de hoje.
Matas ciliares, área de proteção ambiental, código florestal, fiscalização também estão no escopo de sucesso deste setor.
Alguém já perguntou ao Ciclo Hidrológico, se estamos íntegros com ele?
Para não colocarmos a culpa novamente em São Pedro.
Precisamos entender, que a água que cai das chuvas, segue um ritual para retornar aos oceanos, considerando que o globo é composto por mais de 70 por cento de sua área por mares. Infiltrar, evaporar, evapotranspirar, escoar na superfície, recarregar os lençóis freáticos, manter os corpos hídricos superficiais fluindo por longos trechos até fechar o seu ciclo.
Imaginem, se toda esta sequência for alterada, e se os padrões forem modificados e modificados?
Já não basta alterar os caminhos das águas como as nossas habituais mudanças e uso das terras?
Em verdade, é mais fácil colocar a culpa no santo “o Pedro” do que admitir os nossos erros e equívocos como inquilinos do planeta terra!