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É hora de questionar a transformação Digital do TSE?

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O Brasil é líder em acordos de colaboração, transferência de conhecimento e tecnologia junto à países como Argentina, México e Equador, quando se fala em urnas eletrônicas. Toda essa história começou na década de 80 com o TSE em colaboração com o ITA , INPE e a Unisys que obteve a concessão para fabricação de toda propriedade intelectual. O país à época sofria com a demora na apuração do voto impresso. O processo, inteiramente manual, podia demorar semanas e era vulnerável a fraudes e falhas humanas. Esse é um exemplo muito interessante que fez a roda da tríplice hélice girar no país, levando inovação para a população Brasileira. 

As eleições ocorreram no Domingo 15/11, no dia da comemoração da independência da República, a grande maioria dos brasileiros realizaram sua obrigação cívica e se depararam com problemas no processo de justificativa de ausência com o sistema do TSE e posteriormente, um atraso para início da apuração. Para o senso comum em meio as várias informações desencontradas, transformou o dever cívico, em um filme de terror onde os veículos de comunicação questionavam a validade e segurança de todo o  sistema. 

Acontece que o problema que ocorreu, foi um erro não propriamente dito de segurança da informação, mas sim, sobretudo na estratégia da arquitetura e engenharia de software/hardware. O TSE concentrou toda parte de processamento em Brasília, a justificativa para essa centralização foi além do custo operacional e de uma possível recomendação da Polícia Federal. Fato foi, que o sistema ficou sobrecarregado. Agora esclarecido, que também o problema também foi motivado a ataques cibernéticos que pretendiam derrubar o sistema, em especial os vinculados com o App do TSE.

Os incrédulos falam da possibilidade de hackers invadirem as urnas no dia da votação, mas a urna eletrônica não é vulnerável a ataques externos. Esse equipamento funciona de forma isolada, ou seja, não dispõe de qualquer mecanismo que possibilite sua conexão a redes de computadores, como a Internet. Também não é equipado com o hardware necessário para se conectar a uma rede ou mesmo qualquer forma de conexão com ou sem fio. Vale destacar que o sistema operacional Linux contido na urna é preparado pela Justiça Eleitoral de forma a não incluir nenhum mecanismo de software que permita a conexão com redes ou o acesso remoto (FONTE: TSE).

A verdade é que, também, estamos passando por uma mudança cultural na nossa sociedade, nunca se imaginou , a vinte anos atrás, o cidadão votar em casa, com toda comodidade e segurança. Em verdade, já temos tecnologia suficiente e isso está bem próximo para acontecer. O Brasil está e continua na vanguarda mundial de toda tecnologia eleitoral. A nossa sociedade tem que apoiar iniciativas como a do TSE com sistema digital e votação, outro bom exemplo é o PIX o Banco Central, na qual com ele será possível fazer pagamentos e transferências entre diferentes instituições financeiras em segundos, 24 horas por dia e todos os dias do ano, incluindo finais de semana e feriados. E quais são os benefícios, além destes mencionados? Será que também não ficará mais fácil para o fisco? Quando parte da sociedade vai começar a desacreditar essa iniciativa do poder do capital?

O Sistema do TSE é um patrimônio nacional disponível para a população Brasileira, é importante reconhecer os problemas e a partir destes procurar as soluções cabíveis, “Não dá para matar a vaca para acabar com os carrapatos”, ou seja, é necessário atacar o problema e não a excelente transformação digital que os órgãos públicos federais estão passando.

O conhecimento é a maior arma da nossa sociedade atual, se informe, saiba o que ocorreu, busque fontes seguras, pessoas qualificadas da áreas, deixe o achismo e o populismo de lado, a ciência e a academia estão aí para apoiar a população nesses aspectos de transformação Digital.

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