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Ibovespa sobe 1,5%, na 6º alta seguida e retoma os 105 mil pontos

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O Ibovespa registrou alta de 1,50% nesta terça-feira, 10, no seu sexto pregão seguido de ganhos e retomando os 105.066 pontos, no maior patamar de fechamento desde 29 de julho, puxado pelas ações dos bancos e Petrobras (PETR3; PETR4).  No exterior, os principais índices acionários americanos encerraram com desempenhos mistos, com o S&P 500 dando respiro após forte alta e o Nasdaq dando sequência à queda de ontem.

Além do otimismo com a notícia positiva sobre os testes da vacina da Pfizer e BioNTech, que contribuiu para o bom humor dos mercados ontem e seguiu presente, os investidores focaram hoje também para questões internas, depois que o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre privatização de quatro empresas até o fim do ano que vem, além de a confirmação de que morte não está relacionada com os testes da vacina chinesa Coronavac no Brasil. Entre as empresas mencionadas por Guedes, está Eletrobras (ELET3; ELET6), que chegou a saltar mais de 4% hoje.

Além da Eletrobras, Guedes elencou os Correios, Porto de Santos e contratos da PPSA entre as empresas a serem privatizadas. O ministro afirmou ainda que o governo respeitará o teto de gastos e que, no geral, o Brasil não terá problemas com Joe Biden na presidência dos EUA, em evento promovido pela Bloomberg nesta manhã.

Petrobras e bancos puxam índice

Investidores seguiram apostando em ações de empresas que foram mais atingidas pela pandemia em detrimento das de tecnologia, consideradas as grandes vencedoras do período de isolamento social.

Em pontos, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4), Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) figuraram como as maiores contribuições positivas do índice hoje, enquanto a varejista online Magazine Luiza (MGLU3), apesar do resultado forte reportado ontem à noite, Weg (WEGE3), que sofre com o dólar mais enfraquecido, e NotreDame (GNDI3) apareceram na ponta oposta.

Com o otimismo sobre o desenvolvimento da vacina contra o coronavírus, investidores seguem desfazendo posições em empresas tidas como vencedoras do período de maior isolamento social. Entre elas, estão papéis de empresas de tecnologia e e-commerce, que figuraram entre as maiores quedas da bolsa. B2W (BTOW3) e Totvs (TOTS3) registraram as maiores quedas do índice em variação na sessão, com perdas de 8,31% e 6,81%, respectivamente.

“O que estamos vendo é uma rotação para ativos que estão extremamente desvalorizados. Mas ainda está no campo da especulação. Há muitas dúvidas sobre quanto tempo vai demorar para ter vacinação em massa. De qualquer forma, o mercado já vai precificando”, comenta Gustavo Bertotti, economista da Messem.

Com a fuga do setor, o índice Nasdaq, que concentra as principais empresas de tecnologia do mundo, caiu 1,37% nos EUA. O S&P 500 também fechou em baixa, embora mais amena, de 0,14%. Já o Dow Jones, com maior participação de setores tradicionais da economia, subiu 0,90%. Na Europa, onde os efeitos da pandemia foram potencializados pela segunda onda e por novas ordens de lockdown, o Stoxx 600 fechou em alta de 1%.

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