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Dona da Ricardo Eletro pede recuperação judicial e fecha todas as lojas

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A varejista Máquina de Vendas, controladora da Ricardo Eletro, entrou nesta 6ª feira (7.ago.2020) com pedido de recuperação judicial e anunciou que vai fechar todas as cerca de 200 lojas físicas. A empresa tem dívidas que somam mais de R$ 4 bilhões. O objetivo a partir de agora é reforçar o comércio eletrônico.

A companhia anunciou que vinha fazendo 1 esforço para superar crises anteriores. “Havia 1 processo de retomada em curso, mesmo com a estrutura de capital ainda fragilizada, que foi interrompido por conta da pandemia de covid-19“, escreveu em comunicado.

A Máquina de Vendas explicou que enfrentou dificuldades em receber produtos chineses a partir de janeiro, quando houve a paralisação das atividades na China por causa da pandemia. “Em seguida, houve 1 estrangulamento de caixa provocado pelas necessárias medidas de distanciamento social também no Brasil“, disse. Por isso, “adotou a decisão por encerrar todas as suas lojas físicas e focar na interoperabilidade“.

A ideia é focar no comércio por meio de canais digitais e em parcerias com pessoas físicas e outras empresas. Segundo a Máquina de Vendas, o objetivo é lançar “1 novo modelo de negócio, inédito para o setor de varejo da Ricardo Eletro, por meio do qual qualquer pessoa, empresa ou loja terá a possibilidade de vender os produtos da empresa, aproveitar a marca, a malha logística e toda estrutura digital da Ricardo Eletro para se tornar sua parceira”.

Além da Ricardo Eletro, a rede é dona das marcas Lojas Salfer, CityLar, Lojas Insinuante e Eletroshopping.

O fundador da Ricardo Eletro, Ricardo Nunes, foi preso em julho na operação “Direto com o Dono”, que mira sonegação fiscal e lavagem de dinheiro na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Nunes foi solto no dia seguinte, depois de prestar depoimento. Na altura, a empresa emitiu comunicado para explicar que o empresário e seus familiares não fazem parte da administração da Ricardo Eletro.

Eis a íntegra do comunicado da Máquina de Vendas sobre o processo de recuperação judicial:

“A Máquina de Vendas – controladora da Ricardo Eletro – informa que protocolou em 07 de agosto de 2020 1 pedido de Recuperação Judicial na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro central da comarca de São Paulo/SP.

É sabido, por parte de todos os colabores, credores e fornecedores, o esforço que vinha sendo feito pela empresa para superar as crises anteriores. Havia 1 processo de retomada em curso, mesmo com a estrutura de capital ainda fragilizada, que foi interrompido por conta da pandemia de covid-19.

A Ricardo Eletro, assim como grande parte do setor varejista, vem enfrentando os impactos da pandemia de forma avassaladora. Desde janeiro deste ano, a companhia passou a enfrentar dificuldades no recebimento de produtos chineses destinados à renovação de estoques, devido à paralisação de fornecedores. Em seguida, houve 1 estrangulamento de caixa provocado pelas necessárias medidas de distanciamento social também no Brasil.

Esses fatos comprometeram os esforços de reestruturação que a Máquina de Vendas vinha empreendendo. Nesse contexto, a alternativa da recuperação judicial mostra-se o caminho mais viável para que a empresa siga com suas operações normalmente e promova a reorganização administrativa e financeira necessária para superar a situação momentânea de crise e ajustar-se estruturalmente para a nova realidade com varejo, no pós-pandemia.

A Máquina de Vendas entende que está no caminho certo e vê a recuperação judicial como 1 momento transitório na jornada de reconstrução do seu negócio. De maneira inovadora, a Ricardo Eletro foi uma das primeiras a usar de forma intensiva os aplicativos e canais digitais para realizar vendas durante a pandemia, ainda em fevereiro.

A empresa foi também a responsável pela realização da primeira feira digital. Paralelamente, expandiu suas áreas de atuação, passando a integrar parceiros de marketplace que antes não faziam parte do negócio central, como linhas médicas e alimentícias. Nesse contexto, é importante ressaltar a força dos canais digitais, com 1 crescimento nas visitas ao site, desde março, de 50 mil para 350 mil visitas diárias, e a força de vendas versátil e comprometida.

Entretanto, mesmo com essas notícias positivas e que guiarão o futuro da Máquina de Vendas, é necessário adequar o tamanho da Companhia, seus custos fixos e dar o tratamento adequado à sua estrutura de capital, em razão do momento em que estamos vivendo e que ainda viveremos no médio prazo.

Por isso, concomitante à recuperação judicial, está sendo lançado 1 novo modelo de negócio, inédito para o setor de varejo da Ricardo Eletro, por meio do qual qualquer pessoa, empresa ou loja terá a possibilidade de vender os produtos da empresa, aproveitar a marca, a malha logística e toda estrutura digital da Ricardo Eletro para se tornar sua parceira.

A empresa sabe da sua responsabilidade em razão do momento histórico e está iniciando esse modelo para que todos possam ganhar e criar uma roda virtuosa. A ideia central agora é aproximar os parceiros da Ricardo Eletro do seu consumidor.

É importante ressaltar que o relacionamento da Ricardo Eletro com seus clientes não será afetado. A empresa segue atendendo com a mesma atenção, respeito e eficiência de sempre as centenas de milhares de consumidores. Compras e entregas serão atendidas nos prazos, sejam elas realizadas pela Ricardo Eletro, por lojas parceiras, no site ou no aplicativo.

Sobre a Máquina de Vendas

A Máquina de Vendas é uma das maiores empresas do varejo brasileiro. Controladora de redes como Ricardo Eletro, Insinuante, Salfer, City Lar e EletroShopping, conta com ampla rede de estrutura para atender seus clientes, sendo a empresa responsável por democratizar o acesso ao consumo no Brasil. Sua missão agora é democratizar o acesso à internet para as classes menos favorecidas, adotando 1 novo modelo de negócio para estar onde o cliente está. Adotou a decisão por encerrar todas as suas lojas físicas e focar na interoperabilidade e no modelo de parceria, somado à força do seu site. Em agosto de 2020, são mais de 2.000 mil colaboradores diretos e parceiros e mais de 160 mil itens disponíveis em canais de venda.

Desde o segundo semestre de 2019, o controle da Máquina de Vendas foi assumido por seus atuais administradores, em operação de mercado comumente conhecida como management buyout (MBO).”

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