Um levantamento da Genial Quaest, divulgado neste sábado (20/9), mostra que a Proposta de Emenda à Constituição nº 3/2021 — conhecida como PEC da Blindagem — teve repercussão amplamente negativa nas redes sociais: 83% das menções feitas por internautas desaprovam a iniciativa dos parlamentares.
As críticas também recaem sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e sobre o próprio Congresso Nacional, impulsionadas especialmente por parlamentares e influenciadores alinhados à esquerda. Entre os conteúdos que ganharam força, destacam-se a hashtag #CongressoInimigoDoPovo e a circulação de vídeos gerados por inteligência artificial.
O que é a PEC da Blindagem?
A proposta está na pauta de votação da Câmara dos Deputados para terça-feira (16/9). A PEC da Blindagem propõe o fortalecimento das prerrogativas parlamentares, determinando, por exemplo, que presidentes nacionais de partidos políticos com representação no Congresso passem a ser julgados exclusivamente pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, o texto blinda parlamentares contra investigações criminais, exigindo autorização prévia do Congresso Nacional — exceto em casos de flagrante ou crimes inafiançáveis. Nessas situações, os autos deverão ser remetidos à respectiva Casa legislativa em até 24 horas. Caberá ao plenário, por voto secreto e maioria simples, decidir se autoriza ou não a prisão do parlamentar.
A proposta será relatada pelo deputado Cláudio Cajado (PP-BA). Atualmente, a Constituição Federal prevê foro especial apenas para presidente e vice-presidente da República, membros do Congresso Nacional, ministros de Estado e o procurador-geral da República.
Análise nas redes sociais
O levantamento, iniciado em 16 de setembro, identificou cerca de 2,3 milhões de menções à PEC da Blindagem, com alcance médio de 44 milhões de perfis por hora. Apenas 17% das menções foram positivas, majoritariamente publicadas por parlamentares e militantes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Essas postagens concentram críticas ao STF e relembram decisões consideradas contrárias à operação Lava Jato.
STF acompanha o caso
O ministro do STF, Dias Toffoli, determinou na última quinta-feira (18/9) um prazo de 10 dias para que a Câmara dos Deputados forneça informações detalhadas sobre a tramitação da PEC. A decisão foi motivada por um mandado de segurança protocolado pelo deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) na noite da quarta-feira (17/9).
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