59% acham que 2021 será melhor que 2020, mostra PoderData
Pesquisa PoderData mostra que 59% dos brasileiros acham que 2021 será um ano melhor que 2020. Os que acham que este ano será igual ao anterior são 18%, enquanto 13% disseram que será pior. Foram 10% os que não souberam responder.
O otimismo é maior entre moradores da região Sul (85%), os sem renda fixa (67%), jovens até 24 anos (67%), os menos escolarizados (64%), e as mulheres (62%).
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Os dados foram coletados de 4 a 6 de janeiro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 518 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.
O ano de 2020 foi atípico no mundo todo por causa da pandemia de covid-19. Quase 200 mil brasileiros morreram pela covid-19 no ano passado –a marca foi alcançada nos primeiros dias de 2021.
A doença também teve efeitos sobre a economia. O desemprego bateu recorde no país no 3º trimestre de 2020, contando a série história que começa em 2012.
Desde o final do ano passado, diversos países começaram a vacinar suas populações contra o coronavírus. Em tese, com a imunização em massa será possível retomar atividades econômicas de forma segura.
No Brasil, a vacinação não começou, mas políticos têm prometido o início da imunização ainda para janeiro –e 75% da população dizem que pretendem tomar a vacina.
ESTRATIFICAÇÃO
A percepção de que 2021 será melhor que 2020 é maior entre mulheres que entre homens. Entre elas, 62% têm essa opinião. São 12% as que acham que o ano será igual ao anterior, e 14% disseram que será pior.
Entre os homens, 56% acham que 2021 será melhor que o ano anterior. Outros 24% acham que será igual e 12%, que será pior.
Entre quem tem até 24 anos, são 67% os que responderam que este ano será melhor que o ano anterior. Nessa faixa, 14% disseram que será igual e 5%, que será pior.
O grupo menos instruído é o que respondeu mais vezes, proporcionalmente, que 2021 será melhor que 2020. Do estrato que estudou até o ensino fundamental, 64% deram essa resposta. Outros 12% afirmaram que o ano será igual ao anterior, e 10% disseram que será pior.
O otimismo para o ano que se inicia é maior na região Sul. Os entrevistados dessa parte do Brasil responderam, em 85% das vezes, que 2021 será melhor que 2020. Os que disseram que será igual foram 10%, e 6% afirmaram que será pior.
Na estratificação por renda, os que estão sem rendimentos fixos atualmente foram os que deram mais respostas otimistas à pesquisa. Nessa faixa, 67% disseram que 2021 será melhor que 2020. Os que esperam um ano igual ao anterior são 13% desse grupo, e 9% esperam um ano pior.
BOLSONARO E AS EXPECTATIVAS
Os que avaliam o trabalho de Jair Bolsonaro como “ótimo/bom” têm melhores expectativas para 2021. Nesse grupo, 71% disseram que o ano será melhor que o anterior. Os acham que será igual são 12%, e 4% disseram que este ano será pior que o passado.
Quem julga o presidente como “regular” disse em 61% das respostas que 2021 será melhor que o ano anterior. Nesse grupo, 21% acham que será igual e 6%, que será pior.
Na parcela que avalia como “ruim/péssimo” o trabalho de Bolsonaro, 52% acham que 2021 será melhor que o ano anterior. Nesse grupo 18% têm expectativa de um ano igual ao passado, e 23%, de um ano pior.
A pesquisa PoderData também cruzou as respostas sobre as expectativas para 2021 com a aprovação do governo. Eis os números:
- Aprovam o governo – 69% acham que o ano vai ser melhor que o anterior; 15%, que vai ser igual; 3%, que vai ser pior e 12% não souberam responder;
- Desaprovam o governo – 51% acham que o ano vai ser melhor que anterior; 21%, que será igual e 21% que será pior e 7% não souberam responder.