2023 chegou, e agora?

2023 começou cercado de dúvidas e inseguranças, tanto no âmbito político como econômico.

No cenário interno, mudança de governo, gastos “ilimitados”, risco fiscal, ruídos na política. Quando olhamos para o mundo: guerra e tensões políticas, crise energética na Europa, inflação e juros elevados a um patamar que não víamos há muitos anos em países desenvolvidos. Isso tudo já sabemos de cor e salteado, afinal de contas, notícias pessimistas sempre terão mais visibilidade na mídia e maior interesse da sociedade.

Te trago então uma nova forma de olhar para tudo isso: a da oportunidade.

“Enquanto uns choram, outros vendem lenços.” Você é quem?

Temos a menor taxa de desemprego desde 2015, com apenas 8,1% da população desocupada, saímos de uma inflação anualizada de 12,4% no primeiro semestre de 2022 para 5,8% ao final do ano, além disso, a produção agrícola deve crescer dois dígitos em 2023.

No cenário macro, visualizamos que os EUA devem finalizar o ano de 2023 com uma inflação retornando ao patamar de 3,5%, que deve encerrar o ciclo de aperto monetário no intervalo de juros entre 5 e 5,25%; na China, após quase 3 anos de confinamento social devido a pandemia do covid-19 e a política de covid zero implementada pelo governo, verificamos que a poupança extra das famílias aumentou de forma expressiva, chegando a meio trilhão de dólares, recurso esse que deve ajudar a impulsionar o crescimento econômico nesse novo ano.

Bom, no âmbito de crescimento econômico, devemos ter um ano difícil, especialmente devido a alta taxa de juros, hoje em 13,75%. Em contrapartida, a abertura do mercado chinês, a 2° maior economia do mundo, deve impulsionar os preços das commodities: minério, agrícolas e petróleo.

E o lenço? No mercado financeiro, assim como no mercado em geral, sempre teremos oportunidades, e mesmo considerando todos os riscos conseguimos visualizar vários caminhos com vieses positivos, em especial para aquele investidor que preza pela diversificação do seu patrimônio.

Estratégias de investimentos que recomendem a renda fixa tem seu valor nesse momento, com distribuição entre pós-fixado, pré-fixados e indexados a inflação. O crédito privado, quando bem selecionado, pode ser uma excelente oportunidade de obter, além do ganho acertado no momento da aplicação, um ganho extra com um ágio no futuro. Falando de investimentos mais arriscados, vale pontuar que a bolsa brasileira está sendo negociada atualmente a menos de 7x o lucro, ou seja, isso é equivalente a um desconto de mais ou menos 31% em comparação aos últimos 5 anos.

Além de todas as oportunidades internas, é importante pensar também na diversificação do risco Brasil, trazendo a proteção patrimonial com investimentos no exterior, sejam aqueles que aproveitem a variação do dólar ou os que não sejam impactados por ela.

Portanto, sempre há oportunidade e a diversificação patrimonial será o melhor caminho.

Desireé Sponholz é sócia e CEO do Maximum Capital Escritório de Investimentos e da Maximum Educação e Negócios. Formada em Administração e Direito, se especializou no Mercado Financeiro, tendo mais de 13 anos de experiência atuando nas melhores instituições do país, certificada como especialista em investimentos pela Anbima e Ancord. Atualmente segue como Assessora de Investimentos direcionada aos segmentos High Level e Top Tier, com o qual já possui 6 anos de experiência.