📺 Trump ameaça revogar licenças de emissoras críticas ao governo e intensifica ataques à imprensa
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira (18) revogar as licenças de emissoras de televisão consideradas “contrárias” ao seu governo. A declaração ocorre um dia após a suspensão do programa do comediante Jimmy Kimmel, exibido pela emissora ABC.
Sem apresentar provas, Trump afirmou que 97% das emissoras de TV se posicionaram contra ele durante as eleições presidenciais de 2024. A declaração se soma a uma série de ataques recentes do presidente contra veículos de imprensa.
Em agosto, Trump já havia acusado emissoras como a ABC e a NBC de atuarem como “braços do Partido Democrata” e defendeu publicamente que essas redes perdessem suas licenças de operação.
🧑⚖️ Pressão institucional e ações judiciais
Trump também mencionou Brendan Carr, presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), como o responsável pela decisão final sobre possíveis punições às emissoras. Em entrevista, Carr chamou Jimmy Kimmel de “sem talento” e questionou a credibilidade da mídia tradicional.
Além das ameaças públicas, o presidente dos EUA abriu ações judiciais bilionárias contra veículos como o New York Times e o Wall Street Journal, alegando difamação em reportagens envolvendo escândalos ligados à sua gestão. Em um dos processos, Trump pede US$ 15 bilhões em indenização.
🗣️ Kamala Harris: “Abuso de poder flagrante”
A ex-vice-presidente Kamala Harris reagiu duramente às declarações de Trump. Em postagem na rede social X (antigo Twitter), ela classificou as ameaças como um “abuso de poder flagrante” e alertou para os riscos à liberdade de imprensa:
“O governo está utilizando o medo como arma para silenciar a imprensa. O povo americano merece algo melhor. O ataque à liberdade de expressão não pode ser naturalizado nos Estados Unidos.”
🚫 Restrições à cobertura jornalística
Além das ameaças às emissoras e dos processos judiciais, o governo Trump também vem restringindo o acesso da imprensa a eventos oficiais. No início deste ano, jornalistas da Reuters e de outros veículos foram impedidos de participar de uma reunião do gabinete presidencial.
Segundo comunicado da Casa Branca, apenas alguns meios de comunicação selecionados terão acesso a determinados encontros, como os realizados no Salão Oval, sede oficial do presidente. A medida reforça a política de controle sobre a cobertura jornalística adotada pelo governo.
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